15 de abril de 2012

O paraíso é show, mas no inferno é open bar.

O que é preciso fazer para merecer o paraíso? Que tipo de pessoa ser? Como agir? São perguntas que pairam o pensamento do homem há muito tempo. Na transição da Idade Média para a Moderna desenvolveu-se uma teoria Humanista, e é engraçado como conceitos criados há séculos atrás construíram uma cultura que nos faz prisioneiros até os dias de hoje.
O Humanismo foi um período caracterizado pelo desenvolvimento das ciências, literaturas e tecnologias direcionadas ao homem como centro do universo. Compreender este ser tão complexo que é o homem é uma tarefa que pode levar a até mesmo a loucura e é isto que retrata os principais textos literários humanistas.
Estudamos História desde pequenos na escola, porque como diria o escritor e jornalista Laurentino Gomes: “o objetivo da história é iluminar o passado para entender o presente e construir o futuro.” E o maior objeto de estudo de historiadores sem sombra de duvida é a literatura, pois retrata os pensamentos, conceitos e opiniões de um determinado período.
O maior poeta italiano Dante Alighieriem em sua principal obra “A Divina Comédia” relata de forma alegórica e muito elaborada, estes conflitos que não pertencem apenas ao período humanista, mas a todo homem que se atreva a questionar.   
Estruturada em cantos, a obra narra a trajetória de Dante, um mero mortal que um dia recebe o ‘privilegio’ de fazer uma jornada pelo inferno, purgatório e paraíso a fim de desvendar os segredos do julgamento divino além de exemplificar as consequências de nossos atos e escolhas.
Já dizia a vovó; nunca julgue um livro pela capa’; O que realmente vale é o interior de cada um e não a sua aparência, mais se para merecer céu devemos ser gentis, será que sabemos o que é ser realmente gentil, ou será que ainda vivemos em um pré-conceito histórico ultrapassado e que infelizmente ainda prejudica e muito as relações pessoais.
Derivado do latim gentilis, que significa da mesma família ou clã, pode-se afirmar que ser gentil é tratar o próximo como você gostaria de ser tratado, como se fosse parte da sua família, mesmo que você não o conheça. Não quer dizer que eu quero que você depois de refletir sobre este artigo saia nas ruas abraçadando todo mundo e distribuindo dinheiro aos seus ‘familiares’ porque isto seria loucura e eu mesma seria a primeira a ligar para o hospício.
Como esse ritmo acelerado de século XXI, onde a felicidade eterna foi substituída pelo riso momentâneo não hã como dizer o que é certo ou errado; além de que o que é certa e o que é errado? Depende do ponto de vista? Depende da pessoa de quem se dialoga? Não, dependendo apenas de nós mesmos, da nossa energia de viver e vontade de interagir de maneira agradável com os outros.


Jéssica Bastianini

Deixe a sua opinião!

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | 100 Web Hosting