30 de março de 2012

Gentilieza, um gesto em extinção



Gentileza: s.f. Delicadeza, amabilidade, cortesia, graça, elegância, galanteria, garbo.
 É impressionante como uma palavrinha tão comum pode fazer tanta falta nos dias atuais. Antes, a gentileza podia ser vista em pequenos gestos: o namorado que abria a porta do carro para a namorada, o jovem que cedia a poltrona do trem para um idoso ou uma gestante... A tal palavrinha também estava presente em um simples “por favor” e, também, em um entusiasmado “muito obrigado”.

As pessoas não faziam ou praticavam a gentileza. Elas vivam aquilo. Ah, como era bom sair pelas ruas de manhã e sentir seu poder de alegrar o dia...
No entanto, tudo mudou. O que era “comum” se transformou em um atributo sofisticado e profundo. Tornou-se um dom e a globalização, o grande “bode expiatório” de tudo de ruim que acontece na sociedade, mais uma vez leva a culpa pela extinção da gentileza.

A rotina nos cega. Pressionados por ideias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos nos torna mais e mais insensíveis. E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.

O ritmo frenético, quase alucinado, do dia a dia fez com que aquele “bom dia”, comumente encontrado pelas ruas e avenidas da cidade, fosse substituído por uma cara tão carrancuda quanto um dia de chuva. Nos trens, metrôs, ônibus e lotações, pouco importa se o “velho” que viaja em pé tem a preferência nos assentos, afinal, o fulano também pagou passagem. 
E o que falar da falta de gentileza no trânsito? Um pequeno equívoco ou um deslize já se tornam motivo para um “buzinaço” e uma salva de palavrões. Tantas e tantas pessoas morrem por causa disso todos os anos, e ninguém se dá conta que a grande culpada por isso tudo é a extinção da palavrinha.

Mais uma vez suspiro: ah, se as pessoas soubessem como é benéfico ser gentil... A gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita as negociações, transforma humores, melhora relações... Enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na vida de quem se permite receber gentilezas. Se um gênio da lâmpada aparecesse e dissesse que eu poderia resgatar uma coisa do passado, eu não pensaria duas vezes: Traria de volta a gentileza.

Ralph Diniz é estudante do 3° semestre de jornalismo. Amante dos esportes e dos bons (e raros) programas de televisão. Proprietário do bloghttp://spfcpaixaotricolor.blogspot.com.br/, atua como repórter no Jornal do Sudoeste e na assessoria de comunicação da prefeitura de São Sebastião do Paraíso-MG.

O Circo da Dona Gorda


Todo início de ano é a mesma coisa no povoado imaginário de Ziriguidun: os tambores rufam, as cortinas se abrem e as luzes iluminam o picadeiro para o início de mais uma temporada de apresentações de seu Gran Circo.
Entra ano, sai ano e as ‘estrelas’ continuam sendo as mesmas: o fortão, a boa moça, a virgem, a barraqueira, aquela que adora fazer fofoca, o galã, o cara malvado, a gostosona, o negro coitadinho, o caipira engraçado...

Os números apresentados pelos ‘heróis’ também não costumam mudar. Romances tão verdadeiros quanto à ‘lataria’ da Ana Maria Braga, intrigas, baixaria e muitas bundas de fora fazem parte do script do espetáculo que, de forma genial, é apresentado por um grande filósofo/poeta/jornalista/semi-deus. No passado, esse cara cobriu um dos eventos mais importantes da história mundial, a queda do muro de Berlim. Hoje, é a estrela-mor de um show de horrores. Grande evolução!

Além de tudo isso, o que nunca se pode faltar em um circo que se preze? Não podem faltar os palhaços! Esses, no entanto, não são vistos no picadeiro. Não são porque a dona do ‘negócio’ considera que seus palhaços mereçam ficar em um lugar de destaque: a platéia.
Antes que qualquer pessoa se sinta ofendida com essas palavras, permitam-me expor os fatos.

Muita coisa que acontece no povoado imaginário de Ziriguidun é controlada pela dona do circo. Sim, é ela mesma, aquela senhora gorda que, há mais de quarenta anos, entra nas casas todos os dias dizendo o que fazer e como fazer. Enfiando goela abaixo das pessoas tudo o que ela acredita ser bom, usando seus palhaços em um emocionante show de marionetes.

Para que seus interesses prevaleçam, a senhora gorda desvia a atenção da platéia das questões sociais, políticas e econômicas através da técnica do dilúvio de informações insignificantes, como as do Gran Circo.

Assim, ela impede que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, os estimulando a serem complacentes na mediocridade. Além disso, a gorda enriquece milhões com as propagandas que, mais uma vez, são carinhosamente impostas aos seus fiéis.

De forma subjetiva, ela faz com que as pessoas acreditem que está na moda e é legal ser vulgar e burro. Afinal de contas, que graça teria um palhaço inteligente?
Por mais que os personagens sejam sempre os mesmos, que as lindas frases do pseudo-poeta estejam cada vez mais recicladas e que toda essa verdade esteja escancarada aos nossos olhos, as temporadas do Gran Circo BBB sempre serão sucesso garantido.

26 de março de 2012

Estão Matando o futebol

Até quando o futebol será usado como pretexto para que assassinos que se proclamam torcedores acabem com a vida do próximo???


Até quando um clássico entre duas grandes equipes ficará em segundo plano diante de tantas atrocidades???


Até quando nós, torcedores de verdade, teremos que deixar de ir aos estádios por causa desse câncer chamado "torcida organizada"???

Quantas pessoas ainda precisam morrer para que algo seja feito em nosso favor??? 



A morte de mais um torcedor, baleado com um tiro na cabeça após o jogo entre Palmeiras x Corinthians, me levou a refletir:


No passado, as torcidas, que muitas vezes ficavam lado a lado nas arquibancadas, faziam um show a parte com aqueles bandeirões imensos. Era lindo de se ver! 
Hoje, infelizmente, é proibida a entrada dos tais objetos, porque algum "animal" pode rachar a cabeça do outro com o mastro.

Antes, a rivalidade se limitava às gozações e brincadeiras. Atualmente, as pessoas matam movidos por um falso ideal.

O espetáculo perdeu a graça e virou coisa séria. Tão séria que o colorido dos clássicos de domingo à tarde deu lugar ao vermelho sangue e ao preto do luto. 


Amo o futebol como amo poucas coisas na vida, porém, confesso que de uns anos para cá,   a magia que me encantou nos primeiros anos da década de 1.990 está morrendo junto com essas pessoas.

21 de março de 2012

A prostituição da grande Imprensa Mundial

Não é novidade que a imprensa, desde seu surgimento, é produto que favorece determinados pilares sociais. Evidentemente, um meio de comunicação, seja ele qual for, é motivado por uma ideologia por mais breve que esta seja. Afinal, a comunicação é composta por seres pensantes que carregam toda uma bagagem subjetiva derivada de sua vivência social.
Até então, tudo são flores. Porém, as evoluções e revoluções que ocorreram inevitavelmente durante os séculos, resultaram na sociedade capitalista na qual estamos inseridos.
Não, não comece a pensar que eu sou um daqueles estudantes de Universidades Públicas que pregam arduamente o sonho de instalar o comunismo no mundo. A abordagem a cerca do sistema capitalista é um assunto delicado, no qual não cabe discutir aqui. Porém, podemos dizer de forma breve que, por conseqüência desse sistema, todos os modos de vida se modificaram e nesse âmbito também tem lugar para a imprensa.
Dotada de padrões, negociações e interesses para lá de financeiros, a imprensa mundial se mostra prostituída de forma tão descarada que chegou-se ao ponto de não possuir mais credibilidade, isto, claro, quando trata-se da informatividade e veracidade dos fatos noticiosos. Dessa forma, é notável que, cada vez mais, a imprensa se desprende de sua atuação profissional e porque não dizer funcional, para atender aos seus próprios interesses financeiros.
Há quem diga que essa opinião é hipócrita quando vinda de alguém que pratica jornalismo, mas, ainda creio na responsabilidade social de alguns colegas de trabalho que aplicam o bom jornalismo mesmo sabendo que não serão merecidamente reconhecidos. 

Individualismo gera individualismo


Pode-se avaliar que a palavra gentileza está associada para muitos indivíduos como uma tese de etiqueta, porém, trata-se de uma questão de valores, ou até mesmo, caráter. Independentemente dos pensamentos e reflexões sobre a maneira de ser e agir no âmbito social, a gentileza ainda não se extinguiu, não totalmente.  A falta desse ato no cotidiano social afeta diretamente as relações e contribui para o que, em minha concepção, pode ser considerado o mal do século, isto é, a individualidade. 

A realidade na qual vivemos baseia-se na vida cotidiana sempre ocupada, sempre agitada, com pessoas que vivem somente pelo fato de necessitarem sobreviver. Essa visão pode ser evidenciada, principalmente, nas grandes metrópoles onde, obviamente, existe uma grande concentração de pessoas com cotidianos variados e estilos de vida bastante distintos. Diante disso é notável que, além da falta de percepção do mundo a sua volta, esses mesmos indivíduos vivem cada vez mais oprimidos. Esta auto repressão é produto de pensamentos e conceitos equivocados que se constroem não somente com a vivência de mundo, como também com os noticiários, sempre carregados de violência. Toda essa insegurança vivida na atualidade nos torna, automaticamente, mais insensíveis – até com as pessoas que estão mais próximas, que amamos.
A essência e o poder que a gentileza possui resultam em uma infinidade de benefícios que poderiam favorecer a resolução de conflitos, melhorando as relações e propiciando inúmeras vantagens, tanto para quem está investindo no ato de ser gentil quanto quem está recebendo a gentileza. Porém, o ato de ser gentil não deve estar associado a item de troca, ou seja, não deve partir com a intenção de receber o que se foi dado. A gentileza está ligada diretamente ao respeito às pessoas. Ser solidário, aprender a ouvir e buscar soluções para conflitos são conceitos importantes associados à função da gentileza. Entretanto, ser gentil pode estar nos pequenos atos do dia-a-dia, expressados no uso das conhecidas palavras mágicas.
Assim como gentileza gera gentileza, individualismo também parte dessa premissa. Portanto, a forma mais inteligente de se relacionar é começar a tratar e praticar a gentileza.

20 de março de 2012

Somos gentis?

A gentileza e praticada sem que o praticante a perceba, de livre e espontânea vontade e destruída pelo individualismo

A gentileza é uma das ferramentas do desenvolvimento social. Consegue transformar dificuldades em soluções reais. Quando ser praticada? Não há momento planejado, acontece do nada, o praticante é o homem em pró de sua própria espécie e dos meios físicos que o circula.

Ser gentil é fazer algo sem pensar em troca. É doar sem receber. O ato de gentileza é um sistema parecido com o capitalismo: universal e funciona como a divisão do trabalho em que um indivíduo fornece ao outro, suporte para complementação de seus objetivos. Assim como um deficiente visual precisa de alguém para ajudá-lo atravessar a rua, ele pode doar células troncas compatíveis. Pode ser doador de palavras de autoajuda com intenção de confortar àquele que tem o sistema visual saudável e queixa-se de pequenos paradigmas da vida terrena.

Muitas vezes a gentileza é realizada sem que o praticante a perceba, isto porque esta prática faz parte do seu cotidiano. Enquanto que outra parte perde cada dia mais o hábito de cortesia, tornado-se individualista. Afirmo que a gentileza é um sistema de ação social indispensável e praticado naturalmente. Mesmo que o individual não haja, ele é beneficiado por outras pessoas, de culturas e tradições diferentes.

Os estudos da antropologia afirmam que a natureza não teve "dó" dos primitivos e através de suas “reações naturais” o homem precisava se adaptar para sobreviver - daí o desenvolvimento humano, com o surgimento da linguagem. Para isso, precisou-se da comunicação, com um grau considerado de gentileza para viverem em grupos. Automaticamente acontece o mesmo hoje.

O indivíduo, quando gentil, consegue quebrar paradigmas, vencer dificuldades, alcançar o auge. Consegue conquistar o lado melancólico das pessoas e ser remunerado de alguma forma. A intenção não é mudar personalidades, mas lapidá-las. Afinal, quando perdida, afastam de si aqueles que amam-o. Basta começar usá-la desde então, de maneira que perceba sua intercessão no “sistema da Gentileza”. "chega de venha nós e o vosso reino nada".

JOSEVALDO RIOS 2º ano de Jornalismo, da universidade de Franca-SP

Cuidar de si é cuidar do outro




Dias corridos, sociedade cada vez mais pedindo o prático, o fácil, o rápido... Fatores que certamente fomentam a ira nossa de cada dia. E o pior, descontamos as frustrações em terceiros, lançamos mão da gentileza, ainda que hipócrita.

Que o homem tem um instinto agressivo, não é novidade. Mas isso não é empecilho para que sejamos mais gentis quando a fúria é mais forte. Por isso insisto, em nome da paz. Ou poderia dizer, da “boa vizinhança”, que sejamos hipócritas sim. Pelo menos com este instrumento as chances de ferir os outros que seja com um olhar é bem pequena. A hipocrisia, neste cenário, é questão de sobrevivência.

Mesmo que as irritações cotidianas nos deixem mais frágeis e a ponto de “estourar”, é simples demais. Talvez, por isso, passe de forma tão despretensiosa a receita que aprendi brincando com amigos na infância – no poder das ditas palavras mágicas – “bom dia”, “obrigado”, “por favor”... Isso é uma grande proteção para nossas mentes tão condicionadas a pensar em si próprio, no seu bem-estar. A cautela aqui reforça a ideia de não atingirmos os outros com nossos problemas.

Desde que foi ao humano ensinado que existe um lugar para as pessoas boas e outro, bem ruim, para as más, temos perpetuado a tradição que Dante Alighieri escreveu em “A Divina Comédia”, a tradição de nos vigiarmos em nossos instintos de “pecado” com a finalidade de garantir um céu e não purgatórios ou infernos. É péssimo ser refém da ditadura dessa tradição, pois fere a liberdade que, sim, é inato às espécies pensantes. Embora por outro lado, é bom medir nossos atos, é bom existirem leis e códigos de comportamento social, afinal de contas, além organizar o mundo para todos, sem gerar mais fúria, como nos primórdios, poderemos nos privar de atingir o resto do mundo com nosso cérebro tão individualista.

A vida poderia ser tão mais bonita. E isso implica em sermos plurais como supracitado. Gostar do outro ou do diferente é tarefa complicada, mas não argumenta a hipótese de melhor ou pior.

Sabe o que eu costumava fazer quando morava na pacata cidade do interior de São Paulo quando precisava espairecer? Não ligava um iPod ou enchia a cara, hábitos tão comuns na juventude deste século. Eu sentia muito mais felicidade pousando no sítio, contemplando a natureza do alto da serra do voo livre do Baú, curtindo minha família ou que seja meus cachorros. Isso não custa nada e faz a diferença, particularmente.

Se você vive no meio caótico dos grandes centros, tem patrões autoritários ou fica nervoso por questões financeiras, você tem saída sim! Essa é uma boa notícia para a preservação das boas e louváveis atitudes que podem tornar o dia a dia mais gostoso. Todo mundo tem um canto, do morador de rua ao milionário, todo mundo gosta de alguma coisa – use isso a seu favor, tenha bons pensamentos, boas crenças de um mundo melhor, aliado a uma conduta de fraternidade, e assim, seja mais gentil, seja mais feliz.

Gentileza... Você está fazendo isto errado!

Vivemos em uma corrida constante pautados pelo tempo. Essa corrida, talvez, seja a grande responsável pela forma como agimos, pela falta do entusiasmado “bom dia!”, “como vai!” ou “como foi o seu dia?”. Porém, de forma sincera e interessada, ao contrário do que usamos ou fomos criados para usar. Resumindo, a falta de gentileza como sentimento espontâneo.
Hoje, temos um histórico muito grande de mortes no trânsito, que por mais incrível que pareça, acontece por brigas e discussões entre os motoristas. A falta de tolerância, mesclada ao estresse, muitas vezes causado pelo ritmo acelerado das grandes cidades, resultam em muitas dessas tragédias. Não nos interessamos por ouvir ao outro, e a gentileza, o amor ao próximo, tão difundida pelo cristianismo, parece se afrontar aos princípios, que na maioria das vezes, trazemos de casa. Não interessa saber o que o outro pensa, saber quais dificuldade a pessoa passa ou até mesmo se seus problemas são maiores ou menos graves do que os nossos.
Não é de se estranhar, somos criados em uma sociedade egoísta, obrigados a ser educados e cordiais. Aliás, considerados cordiais, porque se Sérgio de Holanda ainda estivesse vivo, concluiria que o povo brasileiro é tudo, menos cordial. Não existe cordialidade em matar por diversão: mendigos que dormiam em uma praça pública, como o ocorrido em Campinas (SP), no fim do ano passado.
Contudo, quando se é obrigado a ser educado... cordial... gentil... não podemos dizer que o resultado é muito bom.
É engraçado, mas quando criança é comum as brigas entre irmãos, e como medida de solução, os pais não despertam o desejo de compaixão e arrependimento dos filhos. Eles, literalmente, obrigam os filhos a “pedir desculpas” um ao outro. E assim, crescemos, achando que a gentileza é algo imposto, que temos a obrigação de ser. Neste contexto de conflitos, abandonamos a esses hábitos, que deixam de ser natural e passa a ser obrigatório. Uma falha lamentável que ocorre na educação.
Se nossa salvação dependesse da gentileza, como no purgatório de a “Divina comédia”, certamente estaríamos perdidos.
Bom, mas pode parecer piegas, ou apenas cena de filme americano, poderia fazer uma diferença notável no mundo. Talvez se a gentileza, em toda a sua complexidade, fosse usada, nossa realidade seria outra. Muita coisa poderia se resolvida com um simples “perdoe-me”, “obrigado”, “não há de quê”... Imagine, talvez o paraíso de Lennon se tornasse real e o de Dante facilmente alcançável...

Espiral

Gentileza, palavra quase inutilizada nos últimos tempos. Qual gentileza, você, caro leitor, tem praticado ultimamente? Você tem ajudado velhinhas a atravessar ruas?
Pode parecer demagogia, mas simples atos, como esse que acabei de citar, podem fazer do mundo, um lugar bem melhor. Eu sei, eu sei, você já ouviu essa afirmação em inúmeros lugares, mas você a tem praticado? Você busca um mundo melhor?
Dante Alighieri, escritor Italiano do século XIII d. C., afirma em sua principal obra, “A Divina Comédia”, que a gentileza pode tirar você do mundo de dor e transportá-lo ao paraíso. Cliché? Talvez. Mas o fato é que, nós somos seres sociais, por que não se socializar ou interagir? E a melhor forma de interação é, sem sombra de dúvidas, a camaradagem.
Hipocrisia, essa sim, é a palavra da moda. Não só porque todos que nos rodeiam são hipócritas, mas porque os hipócritas são considerados o máximo do poder humano. Os gentis são a escória da sociedade, em que não tirar proveito do próximo é considerado um  pecado para o grande deus do capitalismo. Esse deus que substitui o antigo, aquele que dizia que os gentis herdarão o reino dos céus. Papo furado, diz a sociedade, a economia e aqueles que acham que o paraíso de Dante ou de Deus é obsoleto, como uma das novas tecnologias que se desmaterializam na semana seguinte ao serem lançadas.
O purgatório de Dante é um lugar onde as almas arrependidas buscam a redenção. É o mais próximo que algumas almas chegam do paraíso. Estamos no Purgatório, onde a espiral do arrependimento leva a um lugar melhor? Sim! Mas o problema é o arrependimento, algo impossível de se acontecer na nossa sociedade. Dante está se revirando no túmulo, o purgatório não é aqui. Aqui é o inferno.
Eu, esse pobre articulista, sou gentil? Dante me desculpe, mas provavelmente, não. Eu fui ao inferno de Dante, todos os mortais agonizam, sem esperanças de serem perdoados. O inferno em que, sair na rua pode ser a última coisa que você faz. Isso me deixa, e deixa qualquer ser humano em posição de ataque, pois nesse inferno de pedra, o ataque é a melhor defesa.
Falamos de Dante, de gentileza e do próprio Deus, falemos agora de fatos. Há muito tempo eu não faço nenhum ato gentil, mas tentemos melhorar pelo amor de Dante, se você for ateu, ou pelo amor de Deus se você for mortal.
Diego Costa, 2° Ano Jornalismo. (http://classicoscinema.blogspot.com.br/)


Gentileza ajuda!


Rita Rodrigues, 2º ano de Jornalismo - Unifran (http://ritarodrigues4.blogspot.com.br/)
 A gentileza, hoje em dia, é um ato simples e, às vezes, difícil de ver. Pessoas vivem com pressa, não têm tempo para nada, nem ao menos para fazer alguma gentileza. O ato de ser gentil, de tratar os outros bem, é uma prática que todos deveriam ter diariamente, mas, infelizmente, isso não acontece. Talvez seja um ato que venha do berço, falta de carinho e atenção dos pais quando criança.
É muito comum vermos as pessoas necessitadas serem ajudadas nas ruas, hospitais etc. Mas, existem também pessoas que ainda não respeitam as praticas de gentileza como, por exemplo, não param o veículo para deficientes visuais atravessarem a rua, para ajudar um idoso, ceder um assento dentro do ônibus e demais práticas de bons modos que as pessoas ainda não têm consciência que possa existir.
Posso dizer que quando vejo alguma pessoa precisando  de apenas de um bom modo de gentileza faço de tudo para ajuda-la. Depois me sinto a pessoa mais feliz do mundo, pois é em um sorriso, em um abraço que você enxerga que agiu certo e agiu com o coração. É uma emoção muito grande quando possamos fazer bem a alguém, principalmente gestos simples que, às vezes, são imensos prêmios na vida de alguém que precisa desses bons gestos de carinho e dedicação.
É incrível como a sociedade dedica seu maior tempo livre em um bar com os amigos, em baladas, em festas de família. Mas não dedicam apenas dois minutinhos do seu tempo para ajudar pessoas necessitadas, podendo incluir pessoas especiais, com deficiência física ou mental. Elas também precisam de atenção e dedicação, afinal somos todos iguais. Então por que não ajudar? Gentileza faz bem e ajuda.
Podemos compara-la em nosso dia-a-dia, como com a do livro “Divina Comédia”, de Dante Alighieri. A história retrata uma gentileza: Dante precisa passar por várias etapas do inferno para chegar ao paraíso e para que isso aconteça, Dante precisou da gentileza e da ajuda dos anjos, que os auxiliava nessa chegada. Esta relação esta relacionada com o cotidiano, pois muitas vezes precisamos de gentilezas para chegar a vários lugares e objetivos.
Às vezes, estamos tão irritados com o dia-a-dia, ou com algum acontecimento, que a pratica da gentileza faz esse estresse diário ir embora de uma vez por todas. Estou dizendo isso em nome de milhares de pessoas que já foram “vítimas” da pratica de gentileza e bons modos.
Enfim, a pratica da gentileza acalma os ânimos, espanta os males e ajuda o nosso dia a ser um pouco mais feliz.


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